sábado, 5 de setembro de 2015

A Historia do Techno




Techno, é um estilo de música eletrônica essencialmente dançante, de ritmo acelerado e melodia monótona. Surgiu na década de 1980 e se assemelha ao estilo house. Refere-se primariamente a um estilo em particular criado nos Estados Unidos, com influências alemãs, e desenvolvido nos arredores da cidade de Detroit, subsequentemente adotado por produtores europeus.

O termo techno é freqüentemente utilizado erroneamente para descrever todas as formas de música eletrônica. O nome "techno", identificava todas as músicas que eram feitas exclusivamente por computador, e assim, sem fazer uso de instrumentos musicais tradicionais. Visto assim, com os modernos estúdios de gravação, qualquer tipo de música poderia ser considerada um "techno". Assim é certo dizer que techno são essas músicas que não só usam os computadores, mas sim aproveitam seu imenso espectro de sons artificias.

Nos começo dos anos 80 o Techno teve suas raízes no House feito em Detroit, por isso ele foi inicialmente difundido com o nome Techno-House .
O House ainda tinha conexão explícita com a Disco e era completamente eletrônica. Mas o Techno era uma música mais que eletrônica. Era extremamente mecânica, projetada para uma audiência pequena, específica.

Kevin Saunderson
Kevin Saunderson
O Techno arts tráfic foi um dos primeiros technos. Foi desenvolvido em primeiro lugar em estúdios amadores pela "Belleville Three" (Os três de Belleville),um trio de homens afro-americanos que frequentavam a faculdade na época, próximo de Detroit, Michigan.
Os músicos - amigos de colégio e colecionadores de fitas mixadas que eram Derrick May e Kevin Saunderson - encontraram inspiração na Midnight Funk Association, um programa de rádio eclético, de 5 horas de duração, que ia ao ar de madrugada em diversas estações de rádio de Detroit.

O programa era comandado desde 1977 até meados da década de 1980 pelo DJ Charles Johnson. O programa proporcionava doses pesadas de sons eletrônicos como os de George Clinton, Kraftwerk e Tangerine Dream. Eles realçaram as batidas eletrônicas, sintetizadas de artistas de electro-funk como Afrika Bambaataa “Planet Rock”, unidades de Synth-Pop como Kraftwerk “Neon Lights” e deixaram de usar “handclap” (palmas) nas batidas que era característica do house. 
Nos Estados Unidos o Techno era underground, mas na Inglaterra, ficou popular na metade dos anos 80.

Apesar de inicialmente concebido como uma música de festa que era mixada diariamente em programas de rádio e tocada em clubes estudantis de Detroit, o Techno cresceu ao ponto de se tornar um fenômeno global. Estes clubes criaram a incubadora na qual o Techno se desenvolveu. Esses jovens promoters criaram e desenvolveram a cena de dance music local captando os gostos da audiência local composta pelos jovens e produzindo festas com DJs inovativos e uma música moderna e ecletica. Logo que esses clubes locais foram crescendo em popularidade, grupos de DJs começaram a se organizar e vender suas técnicas de mixagem e sound system para os clubes, sob nomes como Audio Mix e Direct Drive para abastecer o numero crescente de ouvintes. Locais como centros de atividades de igrejas, galpões abandonados, escritórios e auditórios foram as primeiras localizações aonde o público (na sua maioria menores de idade) se reuniam e onde o estilo e a forma músical do techno foi definida.

Derrick May
Derrick May
A música logo atraiu atenção suficiente para criar seu próprio club, o Music Institute. Ele foi fundado por Chez Damier, Derrick May e outros poucos investidores. Apesar de ter vida curta, este clube ficou conhecido internacionalmente, por seus sets que duravam a noite toda, suas espaçosas salas brancas, e seu bar de sucos (o Institute jamais serviu bebidas alcoólicas).
Rapidamente, o techno começou a ser visto por muitos dos seus criadores e pelos produtores que se ligaram ao estilo como uma expressão da angústia pós-industrial. Também tomou por orientação temas High-Tech e de Ficção-Científica.

 Os produtores musicais estiveram usando a palavra "techno" num senso geral em 1984 (como no clássico do Cybotron "Techno City"), e esporádicas referências a um pouco definido "techno-pop" podem ser encontradas na imprensa musical nos meados da década de 80. De qualquer forma, não foi antes de Neil Rushton lançar a compilação "Techno! The New Dance Sound of Detroit" (Techno! o novo som dançante de Detroit) pela Virgin Records em 1988 que a palavra Techno passou formalmente a descrever um gênero musical. Desde então o Techno foi definido retroativamente para englobar, entre outros, trabalhos datando desde "Shari Vari" (1981) por A Number of Names, as primeiras composições do Cybotron (1981), "I Feel Love" (1977) por Donna Summer e Giorgio Moroder, e as mais dançantes seleções do repertorio do Kraftwerk entre 1977 e 1983.

Nos anos 90, o Techno começou a fragmentar em várias sub categorias, inclusive hardcore , jungle , etc. Todas as sub categorias do Techno foram projetadas para ser tocadas em clubes onde elas seriam mixadas por DJs inicialmente. Por conseguinte, a maioria da música estava disponível em discos de 12″ ou compilações de vários-artistas onde as músicas poderiam tocar por muito tempo e poderiam proporcionar ao DJ muito material para mixar na seqüência dele. 

Chemical Brothers
Chemical Brothers
O techno já estava ficando mainstream (popular) mas ainda não tinha uma identidade definitiva. Mas, não surpreendentemente, no meio dos anos 90, apareceram vários artistas – particularmente o Prodigy , Chemical Brothers e Moby - que empurraram o ritmo e deram uma cara para o estilo e se tornaram as primeiras estrelas de techno.







As vertentes do techno 


 Techno-retrô:

Também conhecido como proto-techno , esse termo na verdade não é realmente um estilo de música. É só uma ligação de vários artistas e estilos que tiveram grande impacto nos criadores do techno em Detroit . Nós podemos incluir aqui o techno-pop do Kraftwerk , o funk de George Clinton (Funkadelic/Parliament), o electro do Afrika Bambaataa e o techno do Cybotron .

Detroit-techno:

O detroit techno é caracterizado pela obscuridade, riffs destacados, estilo eletrônico primitivo e vibrações mecânicas influenciadas pelo funk, tocados em instrumentos analógicos. Os vocais são raros, o ritmo aqui é o mais importante. Um dos primeiros projetos a experimentar esse estilo foi o Cybotron , Model 500, Kevin Saunderson, Rhythm Is Rhythm e Reese. Pra quem não sabe, o Cybotron lançou suas primeiras produções no estilo Detroit Techno em 1981, com influência do electro-funk de “Planet Rock”. Eles também foram uma parte ativa nas rádios e nightclubs de Detroit. Eles não deram muito certo em seu progresso até que um ano depois eles produziram “Clear”. Em 1985, Juan Atkins , Derrick May e Kevin Saunderson ficaram firmemente estabilizados na cena musical. Eles sempre lembraram do Kraftwerk e Parliament em suas músicas. De fato Kraftwerk e George Clinton tem ambos, as vezes, responsabilidade na criação do Detroit Techno .

Techno-pop:

 A Alemanha é onde a banda Kraftwerk nasceu. Depois que o sucesso da música deles começaram a trazer bons resultados, o movimento Neue Deutsche Welle (New Wave Alemã) ganhou forças e foi reverenciado por duas gravadoras de Dusseldorf: Ata Tak e Zick Zack. Então surgiu o techno-pop nos anos 80 que conta com artistas como o próprio Kraftwerk , Moskwa TV , Boytronic , New Order , Front 242 , Pet Shop Boys , etc. – Romulo Castor funky breaks Uma mistura de Techno, Trance, Hip Hop e Jungle , o Funky Break se tornou um dos estilos mais amplamente ouvidos na música eletrônica graças a sua popularidade em alguns comerciais de televisão durante o início dos anos noventa. Alguns artistas notáveis são Chemical Brothers , Prodigy , Crystal Method e DJ Icey .

Electroclash: 


Electroclash é um movimento que surgiu para dar uma nova cara para a música eletrônica. Esse estilo tem influências de inúmeros tipos de coisas. A essência das músicas são a cibernética, computadores, sexo, cultura punk, pop art, moda, new wave e ritmos influenciados pela disco dos anos 70. Há também alguma ligação com o detroit-techno e com ghetto-tech. O termo “electroclash” foi criado por Larry Tee . O trabalho dele com DJ Hell ajudou na difusão desse estilo. Atualmente o Electroclash conta com artistas como Miss Kittin , The Hacker, Golden Boy, Peaches, Chicks on Speed e Tracy and The Plastics. Mas não confunda Electroclash com o Electro (vertente do rap). Alguns difusores desse estilo costumam dizer “electro” se referindo ao electroclash.

Progressive electronic: 


Este estilo se desenvolveu em lugares pouco conhecidos. Ao invés de samplear e usar sintetizadores, os produtores deformam os timbres originais, às vezes para um estado irreconhecível. Vários artistas deste estilo também criam os próprios sons em vez de usarem sons predefinidos que vem em sintetizadores. Normalmente são processados instrumentos acústicos executados em tempo real por meio de reverb , que harmoniza e da uma dimensão nova para a música. Estas músicas abrem mundos novos de ouvir, pensar e sentir. Na pior das hipóteses, os artistas de Progressive Electronic adoram tecnologia para seu próprio interesse, recusando a alma da verdadeira expressão artística. Jean-Michel Jarre é um exemplo.

Breakbeat:


É caracterizado pelo uso de batidas e samplers de hip hop com velocidade aumentada , scratches e outros efeitos com mixagens e elementos do techno. Freqüentemente tem influências de reggae , mas o tempo é drasticamente mudado (pra cima).

Acid techno:

Quando a acid house estourou alguns produtores resolveram fazer uma vertente deste estilo mais rápida e mais mecânica . Bastante parecido com o trance, o acid techno inclui artistas como Aphex Twin , Dave Clarke e muitos outros.

Indie dance:  

É uma vertente originada do rock underground na Inglaterra. É uma música com componentes eletrônicos. Björk , Chemical Brothers , Happy Mondays e Primal Screeen são bons exemplos.

Tribal techno: 

As músicas do Tribal Techno são simples, repetitivos e a energia é primitiva e motriz. É minimalista, cria poucas misturas, melodias sutis , e seus samplers tem vocais com tema étnico pesado.

Industrial (e.b.m.): 

Durante os anos 80, a música industrial saiu do escuro e deu as caras para o mundo, mostrando uma posição importante na história da música. O estilo deixou de ser uma música experimental e se tornou uma categoria bastante popular (principalmente na Bélgica ) ao lado da música alternativa e do heavy metal. Esse estilo passou a ser difundido como E.B.M. (Electronic Body Music) por vários artistas como Front 242 , Nitzer Ebb, Skinny Puppy e Ministry , que ganharam importância significante no mundo da música eletrônica. Nos anos 90, a música industrial se dividiu em dois movimentos: um que defendia o amplo uso de aparelhos como guitarras e outro que continuava utilizando a atmosfera da música eletrônica.

Intelligent techno:

Estilo caracterizado pelo techno menos comercial e mais complexo e superior.

Cyberdelia:

Estilo que mistura o techno com atmosfera psicodélica. Também chamada de Technodelia, esse som é ligado aos hippies da idade moderna.

Ethno-techno:

É a fusão de elementos étnicos – principalmente africanos e hindús – com samples antigos, mas que foram popular no final dos anos 80 .

Big beat: 

Já foi chamado de Britsh-Hop e Chemical Beats. O Big Beat, é uma ligação entre o dance e o rock. Os Chemical Brothers, com seu uso pesado em breakbeats, são os pioneiros de um gênero que agora conta com muitos outros defensores como Propellerheads e Bentley Rhytm Ace.

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