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A Historia do Goa Trance |
Por causa do seu clima – média anual entre 20C e 34C -, suas praias quase desertas e sua cultura desprendida em relação ao dinheiro, em contraste com nossa civilização ocidental, Goa tornou-se um ponto de encontro internacional de “new agers”, místicos, anarquistas, filósofos, e pessoas interessadas em espiritualismo. Os moradores locais eram amigáveis e receptivos aos visitantes. Todos procuram em Goa o lado intenso e bonito da vida. E é claro que a música não poderia faltar nesse cenário. No início, as festas nas praias eram tomadas pelo rock psicodélico e pelo reggae. Estas festas se tornavam cada vez mais populares.
Decorações feitas de cores fluorecentes e a mitologia indiana tornaram-se parte da vida de Goa.
Entre 1987 e 1988 um DJ francês chamado Laurent teve a idéia de tocar música eletrônica nessas festas. No início ele teve muita oposição, mas com o tempo a faísca pegou fogo e a música eletrônica passou a ser parte da cena de Goa. Outras pessoas perceberam o imenso potencial desse tipo de música tocado em raves na praia.
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DJ Goa Gil |
No Brasil o Trance chegou um pouco mais tarde, no começo dos anos 90, já carregando toda cultura criada em Goa, desembarcou em Trancoso e Arraial D’juda na Bahia, diversas festas foram feitas e rapidamente espalhou-se em todo território nacional. O início da explosão ocorreu entre 1999 e 2000, e no embalo dessa onda, surgiram varias novas festas, com novos conceitos o público passou a ser enorme, e a cultura de GOA já não era mais tão presente, diversos motivos levaram as festas a se diversificar, a essência foi se alterando, perdendo as principais características e assim criando uma nova concepção de festas de musica eletrônica.
As mudanças foram tantas que chegaram a gerar conflitos de idéias e interesses entre os antigos freqüentadores, que buscavam nas festas Trance não só a diversidade musical, mais um local onde se vive um paralelo ao sistema global, um lugar onde se expressa a arte, o amor e a liberdade. Nos últimos anos o que tem acontecido é que temos muitas festas diferentes, cada uma seguindo um estilo que agrade mais o seu público. E o Trance, morreu? Não! Ele apenas se retraiu, retornando a seu habitat natural, o underground, e inspirados por esta história de total amor com a cultura alternativa, inicia-se no Paraná mais uma festa Trance, com o intuito de preservar a cultura e resgatar os verdadeiros motivos de um encontro como esse.
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